Os filhos de J. B. Watson
- nabbyamm
- 21 de mai. de 2015
- 2 min de leitura
Watson submeteu seus filhos a um duro regime de criação, agendando as refeições e sem afetos físicos. Seu primeiro casamento com Mary Ickes lhe deu uma filha chamada Mary (também conhecida como Polly), e um filho chamado John. Polly tentou suicidar-se diversas vezes, e o ‘Pequeno John’ se tornou uma pessoa sem raízes, apagado por seu pai. O Pequeno John sofreu com problemas estomacais e fortes dores de cabeça durante toda sua vida, vindo a morrer com pouco mais de 50 anos de uma hemorragia causada por úlceras.
Depois de um escandaloso caso com a estudante Rosalie Rayner, que era jovem o suficiente para ser sua filha, sua esposa Mary pediu o divórcio e ele foi demitido da Universidade John Hopkins. Em seguida, ele casou-se com Rosalie e tiveram dois filhos, Billy e Jimmy. Na idade adulta, Billy rebelou-se contra o behaviorismo de seu pai e estabeleceu uma carreira bem sucedida com um psiquiatra psicanalista. Mas nem por isso deixou de tentar o suicídio. Em sua primeira tentativa foi impedido por seu irmão mais novo, Jimmy; vindo a morrer em sua segunda tentativa. Jimmy, por sua vez, sofreu de problemas estomacais crônicos durante anos (talvez um legado das refeições agendadas durante a infância?), mas conseguiu superar seus problemas após uma intensa terapia. Um artigo sobre J. B. Watson no site da Clayton State University refere-se ao suicídio de Billy:
"Infelizmente, embora B. F. Skinner tenha se gabado que o “bebê em uma caixa” [de Watson] cresceu saudável e feliz, a experimentação de Watson com crianças carece de validade testemunhal: William, seu primogênito com Rosalie, cometeu suicídio aos 40 anos, apenas quatro anos após a morte de John Watson."
Em 1930, enquanto seus filhos ainda eram jovens, Rosalie Rayner Watson escreveu um artigo para a Parents Magazine intitulado “Eu sou a Mãe dos Filhos de um Behaviorista”, no qual ela expressa o desejo de que seus filhos cresçam para apreciar a poesia e o drama da vida. Ela diz: “em alguns aspectos eu me curvo à grande sabedoria da ciência do behaviorismo, e em outros eu me rebelo. [...] gosto de estar feliz e contente, e de dar risadas. Os behavioristas pensam que risadas são um sinal de desajustamento.” Cinco anos depois ela morreu de pneumonia. Existe um artigo sobre John B. Watson e Rosalie Rayner na Johns Hopkins Magazine, publicado pela universidade onde ele foi professor de psicologia: Está tudo no Educação. John Broadus Watson tornou-se um recluso perto do final de sua vida. Ele queimou todos seus registros antes de morrer em 1958.
http://psicologiarg.blogspot.com.br/2007/10/longa-e-escura-noite-do-behaviorismo.html
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